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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Uso múltiplo das águas, cheias e secas – Meio Ambiente, ANA e ANEEL

Um cenário que se repete ano a ano e que irrita diante da omissão criminosa dos Governos (em todos os níveis) é saber que temos brasileiros submetidos, a maior parte deles, à violência das águas por excesso ou falta desse líquido precioso quando bem usado..
A raiva aumenta quando observamos as prioridades e programas de obras, a preocupação mórbida do Banco Central em seguir uma estratégia infeliz de combate à inflação (inibindo investimentos importantes) e a mediocridade de lideranças políticas e corporativas diante do pesadelo que um Brasil tropical está sujeito, mas que poderia ser minimizado se houvesse vontade, determinação e competência. Aliás, sobre a atuação dos Bancos Centrais vale a pena ver o filme (Trabalho Interno), imperdível para quem quiser entender uma dinâmica que no Brasil tem sua forma específica de agir.
Sabemos que muito pode e deve ser feito para se garantir a segurança dos brasileiros, mais ainda quando muitas concessões (usinas hidroelétricas) estão prestes a vencer, ou seja, é o momento de formular e discutir reformas importantes e obras complementares.
Aprendemos muito em momentos terríveis.
Na diretoria de Operação da Copel enfrentamos uma enchente assustadora na década de noventa. Por sorte ela coincidiu com uma reunião do pessoal que cuida dos rios em Curitiba entre a Eletrosul e a Copel. Apesar de inúmeros doutores no assunto só abrimos as comportas no último minuto, ainda com hesitação dos operadores... As informações meteorológicas eram precárias, mas a frente de instabilidade passara antes pelo Rio Grande do Sul, possibilitando uma antevisão do que teríamos aqui.
Isso motivou muitas coisas, desde a utilização de relatórios quase instantâneos graças à competência do pessoal de Informática da Copel até a proposta, adiante, da criação do que viria a ser o SIMEPAR (SIMEPAR - Tecnologia e Informações Ambientais), isso sem falar na revisão do sistema de telecomunicações que era insuficiente diante do potencial que se abria com as fibras óticas, assim como uma revisão das normas operacionais para a Usina Governador Bento Munhoz da Rocha Netto (COPEL).
Ou seja, aos poucos descobrimos os limites, virtudes e defeitos da tecnocracia da empresa, assim como o tremendo potencial que a Engenharia permitia e não era usada.
Teremos revisões de concessões e a passividade de determinadas agências, ministérios e secretarias precisam mudar, interagindo com o Poder Político e a sociedade civil organizada e criando propostas melhores, mais ajustadas às nossas necessidades.
O Brasil possibilita grandes, médios e pequenos projetos a favor de sua segurança e maior produtividade. Escrevemos nesse espaço, Paraná Político, o artigo “Pesadelos com bons paliativos”. Muitos outros poderão ser produzidos, contando histórias que vivemos pessoalmente em diversos cenários.
Um livro que merece ser lido, valendo pelo registro das mudanças brutais do clima e do nível dos oceanos, entre outras coisas, é (Uma breve História do Mundo). A pergunta que devemos fazer é: seremos passivos?
O Brasil está investindo pesado em obras nem sempre prioritárias, algumas polêmicas e caras, como, por exemplo, a preparação do país para a Copa do Mundo de 2014. Até parece que estamos em 1950, quando o Mundo estava quebrado e os brasileiros desperdiçaram muito dinheiro...
Às vítimas das secas e enchentes perguntamos se já ouviram falar da ANA (Agência Nacional de Águas - ANA) e ANEEL (Agencia Nacional de Energia Elétrica - ANEEL); se conhecem a fundo as atribuições dos órgãos de Defesa Civil e Meio Ambiente; se imaginaram que poderiam estar em situação melhor se houvéssemos priorizado nossas necessidades, em vez de dar atenção excessiva a propostas oportunistas de ONGs e fundações externas ao Brasil, além de modismos irresponsáveis?
Sendo de Santa Catarina e de Blumenau vimos em desespero de causa o desinteresse de políticos e tecnocratas na formulação e defesa de projetos que poderiam reduzir a violência das enchentes. Só quem morou ou vive em lugares perigosos sabe quanto pode significar um centímetro a mais ou a menos no nível das águas, informações objetivas e boa engenharia. Parece que nosso povo catarinense começa a reagir. E no resto do Brasil, como enfrentaremos o século 21 e a possibilidade de mudança em perfis hidrológicos, clima etc.?

Cascaes

4.1.2012

(s.d.). Fonte: Agência Nacional de Águas - ANA: http://www2.ana.gov.br/Paginas/default.aspx
(s.d.). Fonte: Agencia Nacional de Energia Elétrica - ANEEL: http://www.aneel.gov.br/
(s.d.). Fonte: SIMEPAR - Tecnologia e Informações Ambientais: http://www.simepar.br/
Blainey, G. (s.d.). Uma breve História do Mundo (2 ed.). Fundamento Educacional.
Cascaes, J. C. (s.d.). Trabalho Interno. Fonte: Livros e Filmes Especiais: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com/2012/01/trabalho-interno.html
COPEL. (s.d.). Usina Bento Munhoz da Rocha Netto. Fonte: COPEL: http://www.copel.com/hpcopel/root/nivel2.jsp?endereco=%2Fhpcopel%2Froot%2Fpagcopel2.nsf%2F044b34faa7cc1143032570bd0059aa29%2Fe307f2c9b2edc56303257412004fdb91

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O lixo e a cidadania



quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Drenagem em Curitiba - um plano importantíssimo



http://www2.gazetadopovo.com.br/aguasdoamanha/noticias/post/id/154/titulo/Plano+de+drenagem+de+Curitiba+fica+para+2012

Consórcio Brasil de estudos e anteprojetos

Consórcio Brasil de estudos e anteprojetos
Chegou a hora (há muito tempo) de se fazer um estudo minucioso do Brasil inteiro, cidade a cidade, com a melhor equipe de profissionais possível. Talvez com a supervisão de outros grandes laboratórios, empresas e da sociedade em geral devamos refazer tudo, de norte a sul, leste a oeste.
Temos uma miríade de pequenos estudos, nada realmente confiável.
O grande desafio é justamente eleger os especialistas e formar uma grande equipe de pessoas vacinadas contra modismos e ONGs estrangeiras.
Podemos fazer muito. O Brasil permite grandes projetos de drenagem, canais, barragens, urbanismo, mobilidade, saneamento básico etc. O que não é possível é acreditar na legislação existente, que nos impôs a mediocridade técnica. Para os maus políticos foi um maná. Ela permite questionamentos morais e atendimento a interesses especiais, afinal quem é desonesto entende de leis e costuma estar bem apoiado em grandes bancas de advocacia. Assim como em muitas profissões os custos são elevados, um grande urbanista, um especialista em hidrologia, energia, sociologia etc. custam caro.
Precisamos formar essa superequipe.
A decisão de realizar a Copa do Mundo no Brasil está sendo um exemplo trágico de improvisação. Deve servir de lição para nunca mais acontecer algo semelhante no Brasil.
Nosso país permite novas cidades, capitais, descentralização da população. O adensamento e o crescimento da área urbana na Serra do Mar é algo criminoso, absurdo. O portal (VectorBHZ, 2006) merece ser visto, pensado e analisado.
Do detalhe ao geral, o Brasil precisa ser refeito.
Vimos a experiência de Blumenau com o Programa Blumenau Século 21 e seus resultados. A PMB lançou edital para a reurbanização da cidade. Uma empresa do Paraná venceu e os resultados foram excelentes. Infelizmente as enchentes atrapalharam muito, afinal esse pesadelo continua existindo, pois travaram um belo programa que parece, finalmente, ganhar força (Pereira, 2011). Com certeza, quem não é afetado pelas enchentes ou pretende algo diferente cria caso. O chato e sabe é quem só viveu, como foi nosso caso, enchentes dentro de casa, podendo valorizar um centímetro a mais ou a menos de água, assim como bons serviços de apoio a flagelados.
Devemos falar de meio ambiente e ecologia e muitas soluções existem a curto, médio e longo prazo. O que não é possível é a eterna improvisação e miopia de nossos técnicos e administradores. Precisamos pensar no Brasil 2050 (Cascaes), quais são as propostas?
Basta caminhar pelo bairro em que moramos, conversar com moradores e trabalhadores para descobrir erros de todos, nossos e dos administradores da cidade. Ainda ontem, dia 10 de janeiro de 2011, ouvimos detalhes tristes do bairro em que residimos (Cascaes, Problemas na Vila Izabel - conversando com o Sr Jorge e trabalhadores, 2012) assim como revimos calçadas que fazem do bairro um lugar perigoso para o pedestre.
Os problemas de nossas cidades são grandes, do Brasil mais ainda. Devemos e agora podemos corrigir situações de risco e de agravamento da qualidade de vida dos brasileiros.
Precisamos de um PAC 2 consciente e competente.
Quando o teremos?

Cascaes
11.1.2012
Cascaes, J. C. (s.d.). Fonte: Brasil - 2050: http://brasil-2050.blogspot.com/
Cascaes, J. C. (10 de 1 de 2012). Problemas na Vila Izabel - conversando com o Sr Jorge e trabalhadores. Fonte: Contracapa Curitibana: http://contracapacuritibana.blogspot.com/2012/01/problemas-na-vila-izabel.html
Pereira, M. (29 de 11 de 2011). Cheias: obras em 2012. Fonte: Jornal de Santa Catarina: http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,181,3611255,18673
VectorBHZ. (19 de 10 de 2006). Comparação das manchas urbanas de cidades brasileiras. Fonte: VectorBHZ: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=401380

ARTIGO PUBLICADO EM PARANÁ POLÍTICO

domingo, 8 de janeiro de 2012

A água, amiga ou inimiga

Uso múltiplo das águas, cheias e secas – Meio Ambiente, ANA e ANEEL
Um cenário que se repete ano a ano e que irrita diante da omissão criminosa dos Governos (em todos os níveis) é saber que temos brasileiros submetidos, a maior parte deles, à violência das águas por excesso ou falta desse líquido precioso quando bem usado..
A raiva aumenta quando observamos as prioridades e programas de obras, a preocupação mórbida do Banco Central em seguir uma estratégia infeliz de combate à inflação (inibindo investimentos importantes) e a mediocridade de lideranças políticas e corporativas diante do pesadelo que um Brasil tropical está sujeito, mas que poderia ser minimizado se houvesse vontade, determinação e competência. Aliás, sobre a atuação dos Bancos Centrais vale a pena ver o filme (Trabalho Interno), imperdível para quem quiser entender uma dinâmica que no Brasil tem sua forma específica de agir.
Sabemos que muito pode e deve ser feito para se garantir a segurança dos brasileiros, mais ainda quando muitas concessões (usinas hidroelétricas) estão prestes a vencer, ou seja, é o momento de formular e discutir reformas importantes e obras complementares.
Aprendemos muito em momentos terríveis.
Na diretoria de Operação da Copel enfrentamos uma enchente assustadora na década de noventa. Por sorte ela coincidiu com uma reunião do pessoal que cuida dos rios em Curitiba entre a Eletrosul e a Copel. Apesar de inúmeros doutores no assunto só abrimos as comportas no último minuto, ainda com hesitação dos operadores... As informações meteorológicas eram precárias, mas a frente de instabilidade passara antes pelo Rio Grande do Sul, possibilitando uma antevisão do que teríamos aqui.
Isso motivou muitas coisas, desde a utilização de relatórios quase instantâneos graças à competência do pessoal de Informática da Copel até a proposta, adiante, da criação do que viria a ser o SIMEPAR (SIMEPAR - Tecnologia e Informações Ambientais), isso sem falar na revisão do sistema de telecomunicações que era insuficiente diante do potencial que se abria com as fibras óticas, assim como uma revisão das normas operacionais para a Usina Governador Bento Munhoz da Rocha Netto (COPEL).
Ou seja, aos poucos descobrimos os limites, virtudes e defeitos da tecnocracia da empresa, assim como o tremendo potencial que a Engenharia permitia e não era usada.
Teremos revisões de concessões e a passividade de determinadas agências, ministérios e secretarias precisam mudar, interagindo com o Poder Político e a sociedade civil organizada e criando propostas melhores, mais ajustadas às nossas necessidades.
O Brasil possibilita grandes, médios e pequenos projetos a favor de sua segurança e maior produtividade. Escrevemos nesse espaço, Paraná Político, o artigo “Pesadelos com bons paliativos”. Muitos outros poderão ser produzidos, contando histórias que vivemos pessoalmente em diversos cenários.
Um livro que merece ser lido, valendo pelo registro das mudanças brutais do clima e do nível dos oceanos, entre outras coisas, é (Uma breve História do Mundo). A pergunta que devemos fazer é: seremos passivos?
O Brasil está investindo pesado em obras nem sempre prioritárias, algumas polêmicas e caras, como, por exemplo, a preparação do país para a Copa do Mundo de 2014.  Até parece que estamos em 1950, quando o Mundo estava quebrado e os brasileiros desperdiçaram muito dinheiro...
Às vítimas das secas e enchentes perguntamos se já ouviram falar da ANA (Agência Nacional de Águas - ANA) e ANEEL (Agencia Nacional de Energia Elétrica - ANEEL); se conhecem a fundo as atribuições dos órgãos de Defesa Civil e Meio Ambiente; se imaginaram que poderiam estar em situação melhor se houvéssemos priorizado nossas necessidades, em vez de dar atenção excessiva a propostas oportunistas de ONGs e fundações externas ao Brasil, além de modismos irresponsáveis?
Sendo de Santa Catarina e de Blumenau vimos em desespero de causa o desinteresse de políticos e tecnocratas na formulação e defesa de projetos que poderiam reduzir a violência das enchentes. Só quem morou ou vive em lugares perigosos sabe quanto pode significar um centímetro a mais ou a menos no nível das águas, informações objetivas e boa engenharia. Parece que nosso povo catarinense começa a reagir. E no resto do Brasil, como enfrentaremos o século 21 e a possibilidade de mudança em perfis hidrológicos, clima etc.?

Cascaes

4.1.2012

(s.d.). Fonte: Agência Nacional de Águas - ANA: http://www2.ana.gov.br/Paginas/default.aspx
(s.d.). Fonte: Agencia Nacional de Energia Elétrica - ANEEL: http://www.aneel.gov.br/
(s.d.). Fonte: SIMEPAR - Tecnologia e Informações Ambientais: http://www.simepar.br/
Blainey, G. (s.d.). Uma breve História do Mundo (2 ed.). Fundamento Educacional.
Cascaes, J. C. (s.d.). Trabalho Interno. Fonte: Livros e Filmes Especiais: http://livros-e-filmes-especiais.blogspot.com/2012/01/trabalho-interno.html
COPEL. (s.d.). Usina Bento Munhoz da Rocha Netto. Fonte: COPEL: http://www.copel.com/hpcopel/root/nivel2.jsp?endereco=%2Fhpcopel%2Froot%2Fpagcopel2.nsf%2F044b34faa7cc1143032570bd0059aa29%2Fe307f2c9b2edc56303257412004fdb91




Pesadelos  com bons paliativos
O início do período de chuvas fortes e seus pesadelos mostram como perdemos tempo, dinheiro e vidas humanas desprezando o que a Humanidade já sabe fazer há muito tempo.
A Engenharia, apesar das ARTs (ART - Anotação de Responsabilidade Técnica) e alvarás, ou dizendo o contrário, ignorando a necessidade de bom planejamento urbano e rigor técnico a favor de sentimentos de direito discutíveis, viabilizou por ação ou omissão diante de leis demagógicas ou oportunistas a ocupação de lugares perigosos ou de preservação ambiental racional.
Paramos no tempo também, ou pior, regredimos com medo de propor coisas que possam desagradar os gurus verdes e direitos humanos mal definidos.
Maravilhosamente chegamos a uma condição de resolver nossos problemas, se isso for prioridade política.
Além do respeito à Natureza o Brasil, sua geologia, hidrologia, topografia etc. já permitem sonhar com algo mais do que simplesmente voltar aos tempos das florestas.
Graças à evolução tecnológica e à existência de bons serviços de meteorologia e, quem sabe, no futuro trabalhos confiáveis de climatologia com sistemas eficazes de aquisição e processamento de dados, tudo nas mãos de profissionais especialmente treinados e respeitados, bem pagos e motivados, será possível a viabilização de mega-sistemas de coleta, acumulação, desvio e distribuição de águas das chuvas entre diversas bacias, lagos, grandes rios e o oceano é uma possibilidade real de enfrentar períodos tormentosos que ainda não exploramos, possibilitando-nos refletir sobre os PACs e outros programas em andamento. Prioridades?
A exemplo de muitos países desenvolvidos (Construir canais e diques, uma experiência milenar na Holanda, 2010) e até milenares  (Grande Canal da China)  podemos reduzir os efeitos das enchentes e períodos de estiagem com obras relativamente simples, apesar de monumentais, se tivermos disposição e competência.
Os projetos em desenvolvimento no Brasil mostram custos que já fazem de Itaipu uma simples etapa e dão a certeza de que chegamos ao ponto de sonhar com Engenharia real e de alto nível a favor do nosso povo.
Temos perto de Curitiba e da cidade de São Paulo, por exemplo, duas hidroelétricas que poderiam ser vinte vezes maiores e terem múltiplas funções, desde que complementadas com reservatórios distribuídos e canais interligando microbacias, reservatórios e a costa atlântica.
O preço da energia elétrica, um detalhe menor se considerarmos o ganho com a segurança no abastecimento de água e esgotamento de excessos, tudo considerado, pensado e ajustado ao que pudermos fazer, justificaria essa visão que já teve uma preliminar na década de sessenta quando recebemos na Escola Federal de Engenharia de Itajubá o convite para trabalhar na COPEL, turma de 1968. O Projeto de Reversão do Rio Negro, à época considerado apenas para geração de energia elétrica, daria uma usina de quatro mil MW ao Paraná.
Era energia demais para o sul do Brasil e foi substituído por hidrelétricas menores.
Agora temos carga, dinheiro, sistema de transmissão pesado, tecnologia e condições de realizar algo realmente capaz de trazer um conjunto de benefícios ao povo brasileiro.
Basicamente devemos pensar em unir bacias, criar sistemas de acumulação de água e aproveitamento residual em energia elétrica, unindo sistemas hídricos e aproveitando, quando existir a proximidade do mar, o desvio para redução de fluxo e geração de energia em grande quantidade, possível graças aos grandes desníveis que a Serra do Mar criou.
Vale registrar a sinergia total se soluções dessa espécie acontecerem. Na situação atual temos apenas um circuito para as águas, a calha de seus rios. Interligando-os teremos mais um (pelo menos) instrumento de regulação extremamente importante.
Sempre vale lembrar que muitos rios brasileiros nascem perto do mar para então seguirem cursos enormes até desaguarem no Atlântico.
Estaremos construindo “caixas d’água” e “ladrões” para não sermos surpreendidos por enchentes ou secas evitáveis.
Há dois milênios os chineses fizeram imensos canais e diques com enorme sucesso e nós estamos ainda desperdiçando água e perdendo oportunidades, pode?
Logo o Governo Federal deverá rever concessões via ANEEL, é hora de por essas hipóteses em discussão.
Evidentemente um programa desses deve ser antecedido por estudos e anteprojetos cuidadosamente elaborados, discutidos, analisados. Nada pode ser feito sem ponderações e avaliações precisas. Felizmente temos no Brasil cultura, laboratórios e boas equipes para esse tipo de trabalho. É só querer.

Cascaes
23.12.2011
ART - Anotação de Responsabilidade Técnica. (s.d.). Fonte: CREA-PR: http://www.crea-pr.org.br/crea3/html3_site/art_inicial_duvidas.htm
Castro, H. (4 de 11 de 2010). Construir canais e diques, uma experiência milenar na Holanda. Fonte: Viajologia: http://colunas.epoca.globo.com/viajologia/2010/11/04/construir-canais-e-diques-uma-experiencia-milenar-na-holanda/
Grande Canal da China. (s.d.). Fonte: Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Canal_da_China

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Hidroeletricidade


De: Soriano Neto [mailto:msorianoneto@gmail.com]
Enviada em: terça-feira, 3 de janeiro de 2012 22:48
Para: undisclosed-recipients:
Assunto: Fwd: Hidroeletricidade, matéria-prima indispensável para o desenvolvimento do país.



Data: 3 de janeiro de 2012 09:30
Assunto: Hidroeletricidade, matéria-prima indispensável para o desenvolvimento do país.
Para:



UM EXCELENTE ARTIGO, DE QUEM CONHECE O ASSUNTO PARA CESSAR A DISCURSEIRA DOS ECOCHATOS A SERVIÇO DO ROMANTISMO OU DO 1º MUNDO, ASSIM COMO PARA INFORMAR ÀS "VACAS DE PRESÉPIO" QUE ATACAM A HIDRELÉTRICA PORQUE ACHAM QUE É CHIQUE.
PARA SORTE DO BRASIL O POVINHO POCOTÓ TEM DE DORMIR À NOITE, O QUE DÁ ALGUM TEMPO PARA O PAÍS SE REFAZER!

 Hidroeletricidade, matéria-prima indispensável para o desenvolvimento do país.
Uma boa discussão / Artigo / Carlos R. A. Nascimento
29/12/2011
CARLOS R. A. NASCIMENTO é diretor-presidente da Norte Energia, responsável pela Hidrelétrica de Belo Monte.

A geração de energia no Brasil jamais foi debatida com tamanha intensidade e paixão. A construção da Hidrelétrica Belo Monte tem sido motivo de embates acalorados envolvendo especialistas, estudantes e leigos. Isso contribui para disseminar a importância da hidroeletricidade como matéria-prima indispensável para o desenvolvimento do país e a consequente geração de emprego e renda para os brasileiros, especialmente aqueles da região do Xingu e do estado do Pará.
O Brasil tem pela frente o desafio de, anualmente, incorporar mais 5 mil megawatts ao Sistema Interligado Nacional, de modo a garantir energia a um país cuja expansão da economia tem superado a de nações como Estados Unidos, Alemanha e Japão. E, em que pese a divergência de opiniões acerca da construção de Belo Monte, é indiscutível que a energia hidrelétrica é a mais segura, confiável, limpa, renovável, além de mais viável economicamente. Principalmente em um país como o nosso, que detém o maior potencial hídrico do mundo, mas que explora apenas 30% dessa capacidade.
Conhecer mais a fundo o projeto de Belo Monte é o primeiro passo para um debate saudável. Não há mais espaço para discursos vazios e informações equivocadas. Os jovens brasileiros, principalmente os universitários, mostraram que a sociedade está "ligada" e pronta para fazer um debate sério quando confrontada.
Belo Monte terá um reservatório de 503km2, sendo que 228km2 são a própria calha do rio. E parte do restante já não é a mítica floresta virgem, mas sim área de criação de gado e de agricultura. A ideia de um reservatório gigante que iria atingir terras indígenas já está ultrapassada: a área total alagada é, hoje, pouco mais de 1/3 do previsto na década de 90, quando foi estimada em 1.225km2.
Os alardeados efeitos sobre as terras indígenas e a ideia de que os índios serão expulsos de suas terras já não têm espaço. Nenhuma terra indígena será alagada por conta de Belo Monte. E mesmo aqueles que moram na região da Volta Grande do Xingu terão garantidas suas atividades habituais de pesca e navegação, uma vez que será mantido um hidrograma de vazões do rio com esse fim.
A maior parte da eletricidade gerada por Belo Monte (70%) já está vendida para 27 distribuidoras de todo o país. Energia que irá suprir a demanda de consumidores residenciais, comerciais e industriais. O preço fechado no leilão, de R$77,97/MWh, é um dos mais baixos praticados, o que contribui para a modicidade tarifária.
A região do Xingu já vem mudando, e para melhor. Isso já é percebido em Altamira e nos demais 10 municípios da região, por meio de investimentos na área social e ambiental: construção e reforma de escolas, unidades de saúde, saneamento básico, segurança pública, além da geração de milhares de empregos para moradores locais, que já representam 67% dos empregados nas obras de Belo Monte, dos quais 15% são mulheres.
Nossa matriz tem mais de 86% de energia gerada por fontes limpas e renováveis, contra apenas 19% do restante do mundo e de 17% dos países desenvolvidos. Isso, ao lado de sermos hoje a sétima maior economia do mundo, começa a incomodar muita gente!

De outro amigo:

Enviada em: terça-feira, 3 de janeiro de 2012 22:23
Assunto: Fwd: Enc: Inaugurada nova era de geração hidrelétrica na Amazônia


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Porto Velho, 21 - A Hidrelétrica de Santo Antônio, que será a sexta maior do País e fica em Rondônia, no Rio Madeira, deve começar a gerar energia no próximo dia 28. Nessa data, a primeira das 44 turbinas da usina deve ser ligada de forma definitiva. Será a primeira turbina do tipo "bulbo" a operar na bacia amazônica – uma questão técnica que representa uma enorme mudança no modo como a região utiliza seu potencial hidrelétrico.

Isso porque a turbina bulbo aproveita a correnteza natural do rio, sendo capaz de gerar energia em larga escala sem que uma grande área da floresta seja alagada.

Assim, Santo Antônio será o oposto dos últimos empreendimentos feitos na bacia hidrográfica mais importante do País. Em 1980, o governo inaugurou a usina de Balbina (AM), considerada um desastre pela imensa área alagada e a produção pífia. Ainda no fim do regime militar, foi construída a hidrelétrica de Tucuruí, uma das maiores do Brasil, mas que também deixou muita floresta debaixo d'água (2.414 km2, contra 350 km2 em Santo Antônio) – e que, no mais, fica numa região do Pará já quase fora da bacia amazônica.

Santo Antônio fica próxima ao coração da região amazônica e terá a melhor relação entre área alagada e energia gerada, em comparação com qualquer usina brasileira. Sozinha, irá produzir 3.150 MW, cerca de 3% da atual capacidade elétrica do País. Em conjunto com Jirau, vai formar o Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira, que deve adicionar 6.600 MW ao sistema nacional de energia.

Após a entrada em operação dessa primeira turbina, as outras serão inauguradas num ritmo médio de uma por mês, até que, em 2016, todas estejam funcionando. A concessionária adiantou em um ano o início da geração, que ocorreria em dezembro de 2012, para antecipar receitas, mas não divulga o quanto isso vai adicionar ao caixa. O plano era fazer um evento de inauguração, que contaria com a presença da presidenta Dilma. Mas, por motivos técnicos, a turbina só poderá ser ligada nos últimos dias de dezembro, data desfavorável para a agenda política.

Primeira grande obra do governo Dilma e parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a usina de Santo Antônio é também um superlativo esforço de engenharia. No momento, 18 mil pessoas trabalham no canteiro de obras – chegou a ser 20 mil. Elas consomem 78.800 quilos de carne, 800 mil xícaras de café e 11.400 sacos de arroz por mês. A quantidade de concreto usada na construção seria suficiente para erguer 37 estádios do Maracanã. O aço empregado faria 18 torres Eiffel. O custo total deve passar dos R$ 15 bilhões.

Santo Antônio será a primeira grande usina brasileira a usar turbinas bulbo. A tecnologia já existe no País, mas em projetos menores, como a hidrelétrica de Igarapava (MG). A hidrelétrica do Rio Madeira será a maior do mundo a usar turbinas do tipo – a segunda fica no Japão e tem apenas nove turbinas. A turbina que será ligada no final do mês mede 8,15 metros de diâmetro – é menor apenas que as usadas em Murray Lock (EUA) – e tem capacidade de gerar, numa vazão ideal, 71,6 MW.

As turbinas bulbo permitem a criação de usinas do tipo “fio d’água”, ou seja, todo o volume de água que chega à barragem corre para o outro lado – não há reservatório. Isso faz o impacto de Santo Antônio ser menor. A variação da altura do rio, na parte anterior às turbinas, será de 13,9 m, pouco maior que a cheia natural do Madeira. “Isso é possível porque a turbina bulbo é mais eficiente", explica Andre Morello, engenheiro e coordenador de fornecimento eletromecânico em Santo Antônio. "Com ela, a velocidade natural da água, sem barragens, é suficiente para gerar energia significativa.”

Além disso, um recurso que já está em funcionamento é o sistema de transposição de peixes. Para subir o rio na época da piracema, os peixes passam por um canal construído na Ilha do Presídio, que fica no meio do rio. “Eles são atraídos para lá pela velocidade da água que sai do canal”, explica Morello. “Já a água que sai das turbinas, numa velocidade muito maior que a correnteza natural, não atrai os animais”, diz. O sistema foi testado no Madeira e já está sendo usado pelos animais.

Mesmo com tantos números grandes, Santo Antônio pode aumentar de tamanho. O grupo concessionário, formado por Odebrecht, Andrade Gutierrez, Eletrobras Furnas e outras empresas, submeteu à agência controladora de energia um plano para incluir mais seis turbinas no projeto, o que aumentaria a capacidade de geração para 3.580 MW. O projeto está em análise pela Aneel e pelo Ministério de Minas e Energias.

A energia produzida a partir do dia 28 já será distribuída para o sistema Acre-Rondônia. Os 3 km de linhas que ligam Santo Antônio ao sistema elétrico, também construídos pela concessionária que vai administrar a usina por 35 anos, ficaram prontos há cerca de dois meses. O potencial elétrico brasileiro, um dos diversos gargalos de infraestrutura que o país precisará solucionar nos próximos anos, será um pouco maior nos primeiros dias de 2012 do que foi em 2011 – com um custo ambiental que também olha para o futuro.